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A verdade sobre o uso da IA: não se trata de entender
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Quem é mais susceptivo a adotar as tecnologias de IA? Os nerds que sabem tudo sobre as técnicas da moda, ou aqueles que se encantam pensando que o computador agora pensa? A resposta para essa pergunta é surpreendente!

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Inteligência artificial: da compreensão à magia

Conforme a inteligência artificial (IA) continua a revolucionar as indústrias e transformar a maneira como vivemos e trabalhamos, não é segredo que muitos de nós estamos ansiosos para aproveitar seu poder. Mas você já se perguntou quem tem maior probabilidade de adotar a IA em suas vidas diárias?

De acordo com um estudo recente publicado no Journal of Marketing, a resposta pode surpreendê-lo. A pesquisa mostrou que pessoas com menos conhecimento sobre IA são, na verdade, mais abertas ao uso da tecnologia do que aquelas com níveis mais altos de alfabetização sobre a técnica. Esse fenômeno, apelidado pela frase “menor alfabetização-maior receptividade”, é verdadeiro em diferentes grupos, ambientes e até países.

Embora essa descoberta pareça surpreendente, ela não foi a primeira a mostrar essa tendência. Em 2022, o instituto Ipsos realizou uma pesquisa em 27 países. Seus dados mostraram que países onde a população tem um menor conhecimento sobre IA adotam mais as suas tecnologias do que países onde a população conhece melhor sobre seu funcionamento.

IA: desconhecimento como causa de admiração

Mas o que será que está por trás dessa descoberta inesperada? A resposta está em como a IA agora executa tarefas que antes eram consideradas possíveis apenas para humanos. Quando um sistema de IA cria uma obra de arte, escreve uma resposta detalhada ou toca um instrumento musical, ele pode evocar uma sensação de admiração. Esse fator de “magia” parece desempenhar um papel significativo na formação da abertura das pessoas à IA. Aqueles com mais conhecimento técnico sobre a IA entendem os algoritmos subjacentes, dados de treinamento e modelos computacionais que alimentam esses sistemas. Eles reconhecem que a IA não possui qualidades humanas, como empatia ou criatividade. Ou seja, eles sabem que a “magia” depende de regras matemáticas complexas e insights baseados em dados. Esse conhecimento cria uma sensação de distanciamento da tecnologia, tornando-a menos misteriosa e atraente.

Porcentagem de pessoas que acham que a IA tem mais benefícios do que malefícios em diferentes países (fonte).

Por outro lado, aqueles com menos compreensão podem ver a IA como mágica e inspiradora. A mística em torno da IA pode fazer com que ela pareça ser um divisor de águas que tem o potencial de resolver problemas e melhorar vidas. Como resultado, é provável que pessoas com essa visão estejam abertas ao uso de ferramentas de IA, especialmente em áreas onde as características humanas estão envolvidas, como fornecer apoio emocional ou aconselhamento. No entanto, essa abertura não decorre necessariamente da falta de consciência sobre as capacidades ou limitações da IA. Em vez disso, é impulsionado pela sensação de admiração e entusiasmo em torno do que a IA pode fazer. Essa descoberta oferece informações valiosas sobre como as pessoas respondem às tecnologias emergentes, destacando a importância da percepção na formação de nossas reações.

Correlação entre conhecimento sobre IA e confiança nas empresas que usam IA (fonte).

Hora de combinar admiração com conhecimento?

As implicações destes dados são de longo alcance, principalmente para formuladores de políticas e educadores. Os esforços para aumentar a alfabetização em IA podem, involuntariamente, diminuir o entusiasmo das pessoas pelo uso da IA, tornando-a menos mágica. Mas isso não é necessariamente um problema, muito pelo contrário. A adoção de IA deve estar condicionada aos seus benefícios na vida de cada um, e não à propaganda sobre poderes e capacidades falsos. Apenas com conhecimento poderemos fazer decisões informadas e avaliar o quanto queremos nos expor e usar as novas tecnologias.

No entanto, para encontrar um equilíbrio entre educação e entusiasmo, precisamos desenvolver e implantar produtos e serviços baseados em IA que reconheçam o papel da percepção na formação de nossos relacionamentos com a nova tecnologia. Ao fazer isso, podemos criar um ecossistema que incentiva a inovação, a adoção e o uso responsável da IA, preservando o sentimento de admiração que inspira muitas pessoas a embarcar nessa jornada tecnológica.

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